Ir ou não ir ao estádio

O estado de ânimo do torcedor do Avaí Futebol Clube está assim:

– Bom Dia, avaiano!

– Bom Dia porque? – responde, numa cara mais carrancuda que os dias deste feriado chuvarado.

Assim, é fácil saber se os avaianos estão intencionados a ir a um jogo nos últimos dias. As razões pra ficar em casa tirando unha encravada são gigantes.

Quem vai a um estádio de futebol deve possuir alguns ânimos. Um deles é ver… futebol. Óbvio! Assistir a vinte e dois marmanjos correndo com arte e garra atrás da bola, comandados por um sujeito na beira do gramado, que na maioria das vezes já foi boleiro, e que o torcedor adora desacreditar ou contestar.

Além do óbvio, o sujeito que sai de casa para pegar um sereno, chuva no quengo ou sol na moleira gosta de espetáculo. Ele não sai de casa, enfrentado fila e outros dissabores, para ir dormir numa arquibancada. Vai? Pra se livrar da sogra enxerida? Ou pra despairecer (como diz o mané), visto que em sua casa as coisas podem não andam como reza o Vaticano? Há motivação até mesmo para tomar uma cerveja com os amigos e contar piadas novas.

Sei lá, há que ter pretextos.

Programamos uma ida a um estádio com a expectativa de voltar para casa com aquele sorriso maroto e um olhar de tiranossauro, se é que me entendes.

As idas abençoadas a este templo do esporte devem ter retorno.

Ocorre que, ultimamente, alguns avaianos estão acumulando milhagem, ou fazendo gincana para ver quem vai mais até o estádio de tijolinhos à vista. Nem é para ver futebol, este negócio que há muito tempo não sabemos o que é.

É para concorrer a uma cesta de Natal lá no fim do ano. E dizem que, para alguns, vem abarrotada de santos e ídolos de barro.

Deixe um comentário