Somos medíocres e medianos

Quando se participa de um campeonato, de uma competição, de uma disputa, sejam de quaisquer tipos, de quaisquer esportes, de quaisquer jogos, e ao ser derrotado se acha que isto é normal e esperado, a vontade de vencer aquelas disputas onde se deve ganhar pode não existir mais.

Ninguém entra numa prova da escola esperando tirar zero. Um soldado não vai para uma guerra antecipando que vai morrer ou tomar um tiro. Um carro de corrida não disputa uma prova já contente por chegar em último lugar. Portanto, um time de futebol não pode se acomodar porque perdeu um jogo cujo resultado era esperado.

Competição existe, exatamente, para se competir. Perder ou vencer fazem parte, mas não podem ser encaradas como naturais, independente do resultado. Vencer não dá direito a nenhum competidor relaxar para as próximas partidas, assim como perder não deve ser tratado como natural diante de um adversário teoricamente mais forte.

É desta postura da instituição Avaí a qual eu reclamo, sempre. É deste derrotismo declarado por todos, sejam torcedores, dirigentes ou jogadores, diante das dificuldades, que eu falo. Não é que o Avaí tenha que vencer todas as partidas e ser campeão mundial que eu proponho, mas que não se conforme com as derrotas, alegando ser pequeno humilde e sem qualidade.

Se vencer os fracos é natural, porque não se impor diante dos fortes?

Enquanto esta natureza conformista continuar a ser adotada seremos eternamente o que nos consideramos: medíocres, medianos e sem competência.

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